quinta-feira, 6 de junho de 2013

Relatos de Guerra.

3º ano Ensino Médio

Os alunos foram  levados até a STE para que acessar sob orientação da professora o sites afim de observar imagens da 2ª Guerra Mundial,  o esforço humano durante a Segunda Guerra Mundial, o gasto de capital material e humano dos países envolvidos.

Em seguida os alunos foram orientados a pesquisarem relatos reais  dos soldados na Segunda Guerra Mundial para fazer leitura. Ao final redigiram seus relatos da Guerra, como se tivessem vivido aquele momento.

Relato 1

Junho de 1939
Sinto muito, mas se essa carta chegou até vocês, provavelmente eu já estou morto. Essa guerra acabou com a vida de muitas pessoas e meus familiares estavam entre elas. Pensei em várias formas de me recuperar, me recuperar de todo esse sofrimento, dessa solidão pelas percas dos meus entes queridos.
Me preparei ao máximo, para chegar aqui e poder matar, matar sem remorso algum, matar quem acabou com a vida de meus e também de tantos outros.
Consegui matar cada um como merecido, então cheguei ao local em que estavam os meus outros colegas sobreviventes.
O campo de batalha, outrora seria um belo lugar, mas com esse desastre o chão passou de verde para o vermelho do sangue... As folhas secaram e há fumaça em todos os lados.
Após chegar ao nosso ''abrigo'' todas as imagens se passaram em minha cabeça, cena por cena... Desde a morte dos meus até o momento. Pensei nos soldados que matei que faziam aquilo para alguém superior, mas não se pode aceitar matar pessoas, a troco de tão pouco, aliás, a troco de nada!
Matei sim os soldados, mas o meu alvo principal, aquele demônio com o nome Hitler eu não consegui alcançar.
Vi o rosto de meus companheiros e expliquei a situação, muitos ficaram contra mim, por eu ser um "alemão traidor", mas houve quem me entendeu e me apoiou e é por esta pessoa que a carta chega vocês.
Tirei minha arma do cinto, enquanto escrevia para vós, e agora deixo meu adeus. E meu perdão por não matar aquele desgraçado.   
Suellem e Samila

Relato2

Lembro-me bem como isso tudo começou, eu era apenas uma criança que brincava nas ruas com meus amigos, com o desejo de lutar em uma guerra para salvar minha Pátria-mãe.
Depois de alguns anos, estou aqui em uma guerra mundial, meu desejo,sim, foi realizado, mas não era assim que eu pensava quando era uma criança.
Estou aqui a mais ou menos um ano, não tenho certeza, pois não tenho tanta noção do tempo.
Não sou prisioneiro, mas tenho que concordar com tudo que me dizem, e aceitar também, sendo bem ou mal, se eu desistir de tudo, posso ser morto.
É tudo horrível, vejo mortes toda à hora, e participo delas, essa semana um dos meus irmãos perdeu uma perna no campo de batalha, fiquei triste claro, e pensativo porque poderia ter sido comigo ou ate pior a situação, mas vou continuar cuidando do meu irmãozinho.
Muitas das vezes eu não sei se sou um herói ou um vilão na guerra, estou representado meu país, mas por isso estou matando muita gente, impedindo de uma pessoa voltar para a sua casa e ver sua família de volta, é isso que eu quero voltar para casa, então eles também querem.
Se eu não obedecer, eles me matam sem um pingo de piedade como fazem com os outros, se pedir um copo d’água é demais pra eles quem dera discordar das decisões...
Não sei se essa carta vai chegar a alguém, mas escrevo pois é a minha única forma de desabafar, e não sei se vou voltar a escrever de novo. Espero que esse pesadelo acabe logo, quero voltar para a casa, junto a minha família!



James Frank, Agosto de 1940.
( Taina e Dionne)

Relato 3

Quarta- feira, 20 de maio de 1943
Querida família, não aguento mais essa situação, estou muito debilitado, a cada dia que passa perco um amigo, é tao triste para onde olho só vejo corpos e eles vão aumentando a cada minuto. Ontem fomos surpreendidos pela tropa inimiga, nos deixaram destruídos consegui fugir mas meus amigos ficaram um a um, não consegui ajuda-los, ainda me culpo por isso.
Naquele momento só pensava em vocês, sabia que tinha que sobreviver, não por mim mas pelas pessoas que amo, pelo meu pequenino Arthur e por você meu amor.
No momento meu maior companheiro é o medo, e que em nenhum sequer momento está me abandonando. Todos os dias disparo tiros em desconhecidos, que provavelmente deve estar na mesma situação que a minha, e ao mesmo tempo tomo balas dos mesmos desconhecidos. É uma situaçao cruel e apavorante.
Nossas trincheiras estão feitas sobre cadáveres e restos humanos. Só me resta agradecer a Deus por eu não ser um deles. A cada bomba que explodi vejo a morte passar pro mim. E parar em muitas pessoas.
Aguardo anciosamente o fim de tudo isso, para ir ao encontro de vocês, pois não aguento mais esse sofrimento que parece nunca ter fim. A cada manhã acordo na esperança desse pesadelo ter acabado. E espero que um dia eu tenha sucesso.
Paul Hanks
Thaís e Tamires
 Relato 4

Eram canhões e mais canhões, olhava para os lados e apenas via armas, destruição ,inúmeras pessoas mortas, outros quase a ponto da morte ,ao chegar no acampamento dos americanos recebia instruções sobre as armadilhas feitas pelos alemães por todas as cidades ,por todo lugar, sabia que tudo aquilo não era a coisa certa a fazer, matar? -Nunca!
Porém ,era obrigado, pois se não respondesse as ordens do comandante ,quem morria, era eu, se bem que eu até preferia morrer para não matar tanta gente ,já que não tinha o sangue dos comandantes cujo o prazer era matar ,mas como deixar minha família?!
Afinal ,ela dependia do meu salário ,minha mulher, com dois filhos gêmeos ,mal podia fazer os afazeres de casa ,então eu não podia deixar o meu trabalho ,muito menos abandonar minha família que era a única coisa que mais me importava na vida.



Noite e dia atirando e atirando ,além de colocar o sustento da minha família em risco a minha vida também estava.
Vinha patrulha atrás de patrulha, cada uma com um novo sofrimento trazido ,pessoas gritando ,chorando enquanto que para os comandantes aquilo tudo não passava de uma simples “Guerra”, uma vasta disputa pelo poder econômico ,que em suas mentes ,a ambição falava mais alto que qualquer coisa.
Posso até contar quantas vezes tomava banho no mês, uma ,duas, e no máximo três ,só sofria, parecia que aquele pesadelo nunca ia acabar, mas no fundo no fundo eu ainda tinha esperanças de que um dia aquilo tudo ia acabar, foram 6 anos de horror, até quem por fim em 1.945 veio a tal liberdade, só quem passou por isso pode falar o quão foi um verdadeiro terror, você que hoje está lendo isso pode até sentir um pouco da aflição, mas eu, ah eu bem sei o quão foi difícil aquele momento.

Suellen DevecchiLeonardo Almeida



Relato 5 

Minha querida esposa, não sei se tornarei a escreve – la, as coisas aqui na guerra não estão nada fáceis.

Muitos soldados estão morrendo, o único amigo que eu tinha aqui faleceu está tarde após um ataque que 


tivemos de nossos rivais, estou muito triste com a morte dele, e embora eu esteja com alguns ferimentos 

pelo corpo, estou bem. 

Os EUA lançaram sobre nós aqui na Alemanha, uma bomba que atingiu em cheio o nosso acampamento, 

deixando muitos soldados feridos, nosso comandante encaminhou todos os soldados feridos para o 

hospital mais próximo do acampamento onde foram examinados com urgência.

Não vejo a hora dessa maldita guerra acabar para poder voltar logo para casa, estou com muitas 

saudades, houve um momento aqui em que me senti muito só, mas em uma batalha me lembrei de você e 

de nossos filhos, posso talvez não voltar mas saiba eu os amo. Jessica Fernandes

Relato 6

Acabei de chegar ao nosso refúgio, a viagem foi feita em uma rota 

estratégica, os aviões inimigos não passam 

por aqui, cada minuto nesse lugar me da mais medo, meus parceiros foram 

para uma batalha contra os inimigos a todo momento eu posso ser chamado 

para alguma emergência com algum ferido no campo.


Parei de escrever por um tempo, porque fui solicitado, a caminho da batalha 

meu grupo encontrou uma família de desabrigados, uma mãe e tres filhos, os 

dois mais velhos estão com fraturas graves, um no braço e outro na coxa, 

meus parceiros querem deixa-los sem tratamento nenhum, tivemos uma briga 

porque eu queria ajudar mas eles disseram que demoraria muito, mas no fim 

minha opinião valeu mais do que a deles.


Aos meus familiares que ficaram em New York apenas quero que saibam que 

amo todos vocês e se eu não sobreviver a essa guerra, em meu testamento 

deixei todos amparados com uma boa quantia e a escritura de nossa casa. 

Aos meus amigos foi muito bom tê-los conhecido.

Aos colegas de trabalho do hospital, continuem o meu trabalho por mim, já 

deixei alguém indicado com o diretor do hospital para me substituir no cargo 

de clínico geral.


Mais um tempo sem escrever, nossa ultima batalha foi uma das piores que eu 

já presenciei, como médico pude apenas socorrer ao feridos mas se eu fosse 

treinado para matar como os soldados teria mais utilidade, não gosto da 

minha situação atual, só alimento a guerra se ao menos todos os países 

parassem de enviar médicos, os soldados bons para combate acabariam e 

essa guerra interminável também.Não aguento mais esse inferno, todos os 

dias sou obrigado a ver meus amigos morrendo, ainda ontem meu melhor 

amigo, Max, foi capturado e eu soube que ele foi torturado atè a morte.


Dr. Douglas Mylk, Médico oficial dos EUA na guerra. Douglas Mylk


Relato 7


Testemunho de um veterano da Segunda Guerra Mundial

“Era 21 de setembro de 1941, data que mudou minha vida completamente. Foi quando soube que entraria na guerra lutando por meu país.
Não foi uma decisão muito de difícil de ser tomada, muitas coisas contribuíram para que enfim  se concretizasse essa ideia que já estava em minha cabeça há muito tempo, entre elas, o fuzilamento de minha cunhada pelas tropas nazistas como forma de castigo pela rebeldia de meu irmão. Uma crueldade imensa!
A partir desse ato covarde, decidi que estava na hora de me juntar às forças armadas de meu país e usar meu talento com aviões para acelerar o fim das atrocidades da guerra.
Ainda hoje não sei dizer de que ângulo os combates são piores, se são o que é possível ver nas linhas de frente ou se são os ataques aéreos. Apesar de serem inimigos, não foi nada fácil ver cidades sendo destruídas e suas populações sendo dizimadas. O que ainda tornou tudo mais difícil foi saber que grande parte daqueles civis não desejava a guerra, mas mesmo assim morreram! Vítimas de uma ideologia que nem ao menos acreditavam ser a certa!
Também não sei descrever o alívio que acredito que todos sentimos ao término da guerra. Porém, mesmo estando do lado vitorioso, nunca consegui, em momento nenhum, esquecer de todas as perdas e toda tragédia.

Essas lembranças guardarei sempre comigo sob a forma das cicatrizes que ficaram espalhadas sobre meu corpo.”

Paula, Ana Luiza e Cintia


Parabéns alunos como sempre deram show.